Não é exagero e todas as mamães sabem: poucos segundos de desatenção e algo grave pode acontecer.

Muitas vezes, o perigo está onde a gente menos imagina. Recentemente, duas crianças deixadas sozinhas por alguns instantes, caíram de andares altos através da janela do banheiro após apoiarem-se na pia.

Prevenir, portanto, é sempre o melhor caminho – já que remediar às vezes não é possível, infelizmente.

Vamos listar aqui alguns riscos alertados por pediatras para quem tem crianças em casa.

– Tomadas: o ideal é fechar todas as tomadas com protetores próprios para essa finalidade. Mas independente disso, ensine as crianças assim que começarem a engatinhar, que colocar as mãozinhas nesses furinhos pode machucar.  Procure proteger também as quinas de mesas, cadeiras, bancos, prateleiras – tudo o que for pontiagudo e oferecer risco de a criança bater e causar um ferimento. E cuidado com os fios de abajures e lâmpadas quentes.

– Redes de proteção nas janelas deveria ser obrigatório em todos os edifícios  e casas de dois ou mais andares –  nos EUA, se você tem crianças ou animais de estimação é intimado a instalá-las (inclusive, ao procurar imóvel para locação, você deve avisar se tem animais e/ou crianças, pois só terá como opção locais já com grades/redes de proteção; se não avisar, pode ser preso em caso de algum acidente). Portanto, é imprescindível. Se você tem escadas com vãos muito largos, considere protegê-las também. E não economize:  janelas da área de serviço, cozinha e banheiros, também merecem cuidado especial.

– Tenha cuidado com pequenos objetos soltos pela casa – clipes, moedas, pilhas, baterias, ímãs. E se ocorrer um incidente de a criança engolir qualquer peça, busque ajuda médica imediatamente. Pilhas e baterias soltam líquidos químicos que corroem – portanto, fique de olho em brinquedos, jogos eletrônicos, telefones sem fio que funcionam à base delas; e ímãs, como aqueles usados para grudar a foto em porta-retratos, se engolidos em dupla podem se atrair dentro do corpo e perfurar órgãos internos.

– Não deixe joias e bijuterias ao alcance. Por também serem objetos pequenos, são fáceis de serem engolidos – e uma tarraxa, um brinco, um berloque, podem perfurar e ferir (caso engula ou coloque no nariz).

– Não acostume o bebê a brincar com tubos de pomadas e talcos: crianças não sabem a diferença entre um tubo e a mamadeira, por exemplo, e podem engolir sem querer um conteúdo tóxico.

– Se você gosta de plantas, não é preciso se livrar delas com a chegada de um bebê, mas tenha certeza de que nenhuma é venenosa – a fase de descobertas é ampla e crianças levam tudo à boca. Cuidado também se você costuma comprar alimentos e flores em caixas ou caixotes: verifique com atenção se não há bichos (como cobras, escorpiões ou aranhas), que podem se esconder nesses apetrechos. Em caso de picadas de qualquer inseto – como abelhas, taturanas ou até mesmo alguns tipos de formigas – procure ajuda médica.

– No quarto da criança, tenha cuidado para não deixar gavetas abertas ou semi-abertas – as crianças podem puxar e subir, sob risco do móvel cair sobre elas (em casas especializadas, você pode adquirir travinhas para gavetas). Em relação ao berço, se possível, prefira que um dos lados fique encostado na parede, diminuindo a ‘zona’ de escape e queda.

COZINHA, ÁREA DE SERVIÇO E BANHEIROS são os lugares da casa com maior propensão de acidentes e devem, de preferência, ficar com as portas fechadas. Caso não seja possível, para que se tenha visão do que a criança está fazendo enquanto você se dedica a outros afazeres, segue alguns cuidados:

– Fogão: ainda que desligado, não é lugar para criança brincar, pois ela não sabe identificar quando está aceso, quente ou frio. Portanto, é bom não acostumar ou deixar livre mesmo quando não está em uso. Prefira utilizar as bocas do fundo, mais próximas à parede, e sempre mantenha os cabos das panelas virados para dentro e nunca para a beira do fogão – a criança pode chegar perto demais, ficar na ponta dos pés (ou subir em alguma coisa) e puxar a panela.

– Toalha de mesa (ou caminho): tenha cuidado para a criança não puxar e trazer tudo que está em cima da mesa para cima de si.

– Ferro de passar roupa: nunca deixar a mão, sozinho, em cima da tábua ou de qualquer lugar – dê preferência a tábuas fixas. O risco da criança puxar o fio e o ferro cair em cima dela é enorme. Se estiver ligado e quente, o risco é duplo, portanto, quando estiver passando roupa, a criança não deve estar por perto.

– Produtos de limpeza, perfumes e remédios: guardar em prateleiras altas ou gavetas e armários fechados, para que a criança não tenha acesso facilmente. Um dos casos mais comuns em emergências de Hospitais, inclusive durante a madrugada, é sobre ingestão acidental por crianças de produtos de limpeza. (Fonte: Unicamp Campinas).

– Baldes e qualquer outro recipiente alto não devem ficar com água ou, no máximo, cheios com 2,5 cm à 3 cm de altura – crianças podem se afogar em quantidades mínimas de água. O mesmo serve para banheiras – e, obviamente, piscinas -, onde os pequenos não devem ser deixados sozinhos em hipótese nenhuma. 

Nas gavetas mais baixas não colocar nada perfurante, cortante ou semelhante (talheres, copos, pratos, etc.). Nas da cozinha, dê preferência aos potes de plástico, panos de prato, jogos americanos.

– Não deixar alimentos à altura da criança – atenção especial para óleos, azeites, vinagres, pimentas, condimentos. Crianças levam tudo à boca, então é bom não vacilar.

– Manter as tampas dos vasos sanitários fechadas. Em lojas de utensílios para bebês, existem travas que podem ajudar a mantê-las assim. Na Dani Lessa você encontra capas para tampa de vasos que, por serem lúdicas e divertidas, estimulam as crianças a deixarem a tampa do vaso sempre fechada.

Claro que há muitos mais cuidados e não vamos conseguir listar todos. Mais importante, é manter a criança sempre sob supervisão, ao alcance dos olhos e das mãos: isso é o que mais ajuda a minimizar os danos.


 Fontes: Capesesp e  Mamãe de Primeira Viagem

Por Agência DB